quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Solidão das palavras


Espirrei palavras
num pedaço de papel
Rasgado pela vida e
amassado pela noite

Nem mesmo sua tinta queria ficar
palavras tristes com o próprio lar
buscavam um livro, uma capa, uma prosa
pobres palavras: carentes, dengosas
ficavam ali, esfomeadas
com restos de grafites
ali, ensangüentadas

Não brilhavam como o sol
mas tinham a atenção dos Deuses
e todo o amor dos poetas

Como num toque de mágica
Isso simplesmente bastou
Até acontecer
A próxima
Reciclagem

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